Sou uma romântica nata

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Já são quase duas da manhã e eu não consigo dormir.

A quem eu quero enganar?
Sou uma romântica nata!
Não sei viver sem o amor, não sei viver sem amar.

De repente veio um vazio trazendo o medo, e então as lágrimas desceram, e todos aqueles sentimentos guardados no cantinho do subconsciente vieram à tona.

Senti um vazio tão grande, que se tornou doloroso, se transformou em choro e desespero. Foi como se tudo o que eu tivesse vivido até aqui, como se todos os relacionamentos tivessem sido uma farsa.

Palavras vazias.
Jogadas ao vento.
Palavras que iludem.

É como se ninguém tivesse me amado.
Será que alguém já me amou?
Será que alguém vai me amar?
E se me amar, será que, dessa vez, vai ficar?

Na minha vida já entraram tantas pessoas que disseram “eu te amo” e simplesmente foram embora sem nem olhar pra trás.
Pessoas que eu jamais imaginei ficar um dia sem conversar, no entanto, hoje não tenho notícias.

É um sentimento frustrante.

As vezes me sinto livre, me sinto eu mesma e sei exatamente quem sou. Mas há momentos, como agora, que eu sinto só metade de mim, que sinto que estive incompleta durante todo esse tempo, e que apenas quis tentar juntar os meus pedaços e enganar a mim mesma.

Sempre quis um amor de filme, um amor que não importa o que aconteça, que não importa quantas voltas o mundo dê ou quantos anos se passem ou mesmo que outras famílias tenham sido construídas, sempre quis acreditar que o que é meu, chegará.

Mas, especialmente hoje, não sei em que acreditar.

Não sei se você partiu pra sempre e voltou pro que é seu ou se está apenas crescendo para que possa, um dia, ser meu.
Sempre te procurei, sem mesmo saber quem você é, mas será que se te encontrar, vou saber que é você?

Eu só queria que tivéssemos uma chance…

Grazielle Vieira

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