Porque relacionamentos não precisam de joguinhos

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Você já parou pra pensar em quantas vezes fez joguinhos com alguém? Em quantas vezes visualizou uma mensagem e não respondeu só para parecer desinteressado, ou esperou alguns minutos pra dar uma de ocupado? Já pensou em quando disse que ia ligar, e esperou no mínimo 3 dias para não parecer desesperado?

Mas ela vai pensar que eu tô desesperado.
Ele vai pensar que tô sendo fácil.
Ele vai pensar que eu não tenho ninguém.
Ela vai pensar que eu tô sempre disponível.

E daí? E daí se você quer alguém, se você faz o que dá na telha, se você está sozinha, se você tem tempo livre? Eu juro que não entendo esse raciocínio de que, pra conquistar alguém, você precisa estar sempre ocupado, não pode ser muito fácil pra não perder a graça e ainda está autorizado a fazer ciúmes pra ela te querer mais ainda. Isso parece justo?

Eu nunca consegui ser assim. Eu sou de riso solto, de conversa fácil. Sou daquelas que fica ansiosa esperando pela resposta e está tão empolgada que não consegue aguardar um mísero minuto pra responder. Eu só vou lá e respondo. Aliás, pra que esperar? Nosso tempo aqui é curto, nossas oportunidades não surgem a todo instante. Não é todo dia que você vai encontrar alguém que goste das mesmas séries, que vai amar aquela música estranha que só você conhece e que vai te mandar bom dia às 7 da manhã. Não mesmo.

Eu confesso que já me martirizei por ter respondido tão rápido enquanto ele não fez o mínimo esforço pra manter uma conversa constante. Mas aí eu pensei: e daí? O que eu ganho com isso? No máximo, ele vai ficar pensando um pouquinho mais no porquê de eu não responder logo. Mas é só isso? Sim. Isso não vai fazer com que um cara que não te curte, se apaixonar. Não vai fazer uma mulher cair aos teus pés. Não vai transformar um encontro de uma noite em uma companhia pra todos os dias.

Se alguém te quer de verdade, ele não vai precisar de umas ignoradas no Whatsapp, de cancelamentos de última hora ou daquele papo de vou-fingir-que-não-me-importo. Ele vai precisar de alguém que responda na hora que bem entender, sem pensar nas consequências. Alguém que faça de tudo para ir vê-lo no cinema. Alguém que não precisa fingir que não se importa, mas sim alguém que não tem problema algum em deixar na cara que se importa sim, e muito.

Não tenha medo de parecer desesperado, apaixonado, bobo, ou qualquer outra coisa desse tipo. Paixões são assim. E não é todo dia que vai aparecer alguém que faça você se sentir assim. A vida passa como brisa em dia de verão, bonita, mas breve. Não deixe de sentir e de expressar o que quiser apenas por medo do que o outro vai pensar. Se ele te julgar, se ele rir, você sabe: ele não era pra você. Porque relacionamentos não precisam de joguinhos. Eles precisam apenas duas pessoas que saibam que não há hora para sentir e para se permitir.

Mariana Menezes

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