O amor verdadeiro existe, porque você existe!

Não importa quantas estações ainda passarão por nós.

Haveremos de passar por todas elas, como um relâmpago a cruzar a noite escura dos nossos corações, outrora, solitários.

É assim que o amor acontece.

O verdadeiro amor.

Na linha tênue do horizonte.

Te encontrei.

E você me encontrou.

Hoje somos tudo o que jamais idealizamos.

Porque é assim que acontece.

O amor é imprevisível.

E a vida também.

Você aceitou as minhas falhas e os meus defeitos.

Beijou as minhas cicatrizes.

Conseguimos nos moldar um ao outro.

Os nossos corpos e as nossas almas.

Em meio a todas as voltas que a vida deu, encontramos na alma um do outro, o amor que extinguiu as chamas do passado e nos fez ficar.

De todas as promessas que traçamos no corpo dos que amamos, traço-te apenas esta.

Prometo nunca te prometer nada.

Vou me limitar a viver o presente.

Como se ele fosse o que realmente é: um presente.

Você chegou meio quebrado.

Sorri, hoje damos um ao outro a oportunidade de nos consertarmos.

De tudo o que a vida me ensinou, é que pedaços desiguais, se completam.

Cheguei até você perdida.

Você me acolheu.

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Me confortou nas noites em que chorei pelo vazio.

Te acariciei nas manhas em que você sorriu pela imensidão que alcançamos juntos.

Quebrados, e sem esperanças.

Nos encontramos um no outro.

Por ti, continuarei de mão estendida para te agarrar.

Braços abertos para te amar.

Haveremos de inspirar quem nos rodeia.

E se todas as cartas que te escrever ainda forem insuficientes.

Te escrevo o meu amor nas paredes da casa.

Nos muros e nas ruas.

Nas calçadas e no mundo.

Escrevo o teu nome na minha mão.

Serei a tua segunda pele.

E a luz que te guiará de regresso.

Faço em ti o meu lar.

E eles irão acreditar.

O amor verdadeiro existe.

Porque você existe.

Me encontrei.

A espera acabou.

Sei de onde você vem.

E perdoo a demora.

E hoje, o pouco – ou muito – tempo que me resta será teu.

E hão de lembrar-nos.

Da tua.

Letícia.

Letícia Brito

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