Sou daquelas que quando se apaixona, apaixona de verdade.
Se escuto uma música lembro, se ouço uma expressão parecida da boca de um estranho sinto saudades, morro de vontade de ouvir a voz, fico na expectativa de uma ligação, olhando as fotos e relembrando cada momento, porque quando se trata de paixão, minha memória é a mais perfeita possível, chegando a ser irritante.
Quando há aquela distância, machuca muito.
Machuca, corta e dói intensamente.
Sento, ponho todas aquelas músicas pra tocar, olho pra todas as fotos, mando torpedos, e não me esquivo da minha dor.
Quando tomo consciência de tudo, da situação eu me sento e simplesmente ponho tudo pra fora da minha alma. Claro, não é simples, isso leva dias e semanas e até um mês ou dois, mas quando aquilo tudo sai, quando tudo passa, só ficam as lembranças de algo bom que aconteceu na minha vida, em uma época que teve sua relevância pra me ensinar e até consigo me sentir grata pela passagem daquela pessoa pela minha vida.
Depois de todas essas fases, nada mais me abala.. Nenhuma outra música bonita, nenhuma foto ou possibilidade, nenhum pedido.. Só faço aquilo que esteja no meu tempo e, depois te tanto tempo, só pra mim, só por mim…
E a melhor de todas as passagens: me sinto em paz com a vida!