A fidelidade é caracterizada por regras, obrigações, compromisso. É conexão com fio, em que eu te dou uma ponta e fico com a outra. Assim, ficamos ligados mas temos que manter a vigília para o fio não escapar e o nosso aparelho não desligar.
Já a lealdade – caracterizada pelo vínculo, vontade e emoção – é o pacto que se firma não por valores morais, e sim emocionais. É uma conexão que faz com que duas pessoas permaneçam unidas independentemente da existência de condutores ou contratos.
Lealdade é não precisar de solicitar conexão. É conectar-se sem demora, reservas ou desconfianças. É partilhar a senha da própria vida, com tudo de bom e ruim que te aconteceu até aqui.
Leal é quem conhece as tuas fraquezas, lutas, tombos e dificuldades e não usa isso como arma de arremesso na hora da desavença; pelo contrário, suporta a tua imperfeição e ajuda-te a levantar quando tu precisas.
Leal é quem te defende na tua ausência.
É quem se preocupa com a tua dor, e antecipa a cura.
Leal é aquele que é fiel por opção, atento ao amor que possui, zeloso com o próprio coração.
É quem não omite o próprio descontentamento, mas aponta o que pode ser feito para melhorar.
Deslealdade separa mais do que a infidelidade. Porque não adianta alguém não trair por fora, se trai o amor por dentro.
Fabíola Simões
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