O namoro é um tempo muito bonito. Nessa etapa, sentimos ansiedade para nos encontrar com a outra pessoa, alguns mostram o seu lado mais terno e muitas surpresas e memórias ficam registradas.
Ao mesmo tempo, junto desse turbilhão de sentimentos, o namoro é um processo de preparação e amadurecimento, quando um casal descobre um ao outro e caminha em direção a um compromisso definitivo.
Nesse processo, parte perigoso e parte sublime, não temos medo de fazer promessas que, para outros, pareceriam arriscadas: “para sempre” parece até pouco tempo quando estamos ao lado de quem amamos. Mas “para sempre” pode ser possível? Como você pode saber que esse “para sempre” é viável?
Aqui estão algumas perguntas que todo namorado ou namorada deve conseguir responder antes de começar essa aventura chamada casamento.
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Por que você me ama?
Essa pergunta pode ser bastante desconcertante para alguns, porque se estamos juntos é porque nos amamos! Certo? Mas o que nós entendemos por amor? Uma boa definição é “a capacidade de fazer algo pelos outros”. Se esse conceito está bem assimilado, tudo é mais fácil de compreender. Você aprende então a esquecer uma preferência pessoal, a se sacrificar, mesmo se, muitas vezes, isso não acontece de modo fácil e gostoso. “Eu não digo tal coisa, porque o amo; eu escolho o que ele prefere, porque o amo; eu não vou me irritar, porque o amo; eu não vou comprar isso que não é necessário, porque o amo”, e por aí vai: os exemplos são infinitos.
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Você vai continuar apaixonado quando tudo virar rotina?
Quando estamos namorando, a pior coisa é ficar longe. Mas quando tempo passa, a rotina, a carga excessiva de preocupações e o cansaço tornam mais difícil fazer coisas que expressem: “Eu amo você, você é a pessoa mais importante para mim, eu só tenho olhos para você.” É importante expressar essa afeição, mesmo quando implique um esforço extra todos os dias. Amor envolve sacrifício: o esposo deve amar a sua esposa e mostrar isso. Madre Teresa de Calcutá dizia que “o amor, para ser verdadeiro, tem que custar”. Sim, é difícil às vezes, mas vale a pena.
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Você vai ficar ao meu lado nos momentos mais difíceis?
O casamento não é uma eterna lua-de-mel: os “momentos difíceis” não se referem somente à morte ou à doença do cônjuge. Esses momentos estão escondidos no meio do dia-a-dia, no cansaço após o trabalho, no mau humor depois de uma discussão, na exaustão por ficar acordado cuidando do bebê doente, etc. Os exemplos poderiam continuar a ser listados, mas já está claro: sim, os momentos difíceis vão acontecer. Estaríamos nos iludindo se achássemos que por nos amar um ao outro tudo será perfeito. É preciso lembrar que, no meio das adversidades, um sorriso, uma oferta de ajuda ou um pequeno gesto são uma grande e concreta manifestação de amor.
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Que tipo de pai/mãe você quer ser?
No namoro, é importante falar sobre as expectativas a respeito dos filhos. Não basta dizer que você quer ser um bom pai ou mãe, porque todo mundo quer ser. A questão é: o que você entende por “bom pai” ou “boa mãe”? Que valores você quer ensinar aos seus filhos? Quais princípios guiarão a educação deles? Você vai se esforçar para estar presente na vida deles? Como você vai conjuminar os seus projetos pessoais e a família? Essas são algumas questões que precisam ser debatidas no namoro: caso você não saiba, após o casamento costumam vir os filhos.
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Você vai pedir perdão se estiver errado, mesmo se for difícil?
O papa Francisco deu o seguinte conselho aos casais: “Aprendamos a reconhecer os nossos erros e a pedir desculpa. ‘Desculpa, se hoje levantei a minha voz’; ‘desculpa, se passei sem cumprimentar’; ‘desculpa, se cheguei atrasado’, ‘desculpa, se esta semana estive tão silencioso’, ‘desculpa, se falei demais, sem nunca escutar’; ‘desculpa, se me esqueci’; ‘desculpa, se eu estava com raiva e te tratei mal’. Cada dia podemos pedir muitas vezes ‘desculpa’. […] Nunca devemos terminar o dia sem pedir perdão, sem que a paz volte ao nosso lar, à nossa família. É normal que os esposos discutam, há sempre algo sobre o que discutir. Talvez vocês tenham discutido, talvez tenha voado um prato, mas por favor, lembrem-se disto: nunca terminem o dia sem fazer as pazes! Nunca, nunca, nunca!”
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Você estará disposto a me dar apoio quando eu não der conta sozinho?
Há muitas maneiras de entender essa questão. Emocionalmente falando: você vai ter paciência comigo quando nem mesmo eu conseguir ter? Quando, por qualquer razão, eu estiver frustrado, irritado, triste: por quanto tempo você pensa que poderia ficar ao meu lado sem receber nada em troca? Economicamente falando: se eu ficar doente, se eu perder o emprego, se as coisas não acontecerem como esperamos, você acha que será capaz de dar segurança a mim e aos nossos filhos? Trabalhar pelos dois? Ninguém planeja perder o emprego ou ficar doente. Acontece e não sabemos como reagiríamos. Mas o que você acha que estaria disposto a fazer?
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Você realmente acha que casar é importante?
Por toda parte, ouvimos que o casamento “é só um papel”, uma convenção social. É isso que o casamento é para você? Um processo burocrático? É importante saber o que o casamento significa para a outra pessoa, porque é algo mais que um certificado – bem mais. É uma decisão total e irrevogável de um casal que decide se tornar o fundamento e a origem de uma família. Isso não pode estar contido em um simples papel, mas o vínculo jurídico que o papel representa é grande: é o símbolo de sua total dedicação e aceitação do outro. A pessoa que não se decide a amar para sempre encontrará muita dificuldade em amar de verdade por um só dia. Por quê? Porque o “para sempre” é uma sucessão de “agoras”. Precisamos ser fiéis nas pequenas coisas, dia a dia, para ser fiéis para sempre.
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Acesse AgoraUm aviso final
Ninguém começa a competição sem um treino prévio. O namoro é exatamente isso: treino. Talvez alguém que tenha lido esse texto pense: “Mas é muito difícil; quem é que vai querer se casar se for assim?” Bem, a questão não é ter medo de se casar: trata-se de se casar sabendo que não vai ser fácil, não vai ser um mar de rosas, mas vai ser maravilhoso. É bom que o casal saiba disso, para que não entre em pânico quando essas dificuldades acontecerem durante o casamento.