A gente se conheceu no Tinder

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Quando aquela pergunta se dirige até nós, já sentimos a mentira vir na ponta da língua.

Onde vocês se conheceram?

Nosso olhar se cruza instantaneamente e a vontade de rir vem junto. Nossos olhos dizem “o que a gente responde?” E a gente conta a nossa mentirinha conjunta pra não precisar explicar o que não precisa ser explicado.

Sabe, eu me orgulho muito da nossa história. A gente é a prova viva de que amor não tem restrição pra acontecer. Ele acontece em qualquer lugar, qualquer circunstância.

O nosso amor veio do nada. Do nada mesmo. Não sei se foi destino ou só culpa dos algoritmos loucos daquele aplicativo. O que importa é que você chegou até mim e eu cheguei até você.

Pros vazios de amor, ele só pode acontecer se for dentro das regras impostas por eles mesmos. Amor de aplicativo? Que nada, aquilo lá é só pra putaria e nada mais. A intenção de ninguém ali é amar.

Mas a vida não é feita de intenções. Não importa a vontade do momento. Eu não queria namorar. Você também não. Mas era eu e você. Não tinha jeito, não tinha como negar.

Nós não detemos o controle do rumo da vida. A minha intenção não era te amar desse jeito louco que dói o peito, mas amei.

Amei e amaria por mais mil vidas.

Porque o amor vem, ah, vem. Vem pros distraídos, pros atentos, pros desinteressados. E até pros que não querem amar.

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Ele vem. E não importa o caminho. Se será na praia, boate, padaria ou no Tinder. Ou na esquina de casa. Amor não tem local, hora nem data definida pra acontecer. Ele acontece e pronto. Não liga pras suas exigências, se você não quer se relacionar naquele momento ou se você tá ocupado demais com o TCC. Ele chega do nada. Não bate na porta, não pede licença. Ele abre de uma vez só. E se instala.

O nosso se instalou. Sem ser chamado, ele chegou com o traje inadequado. Era mais pra um amorzinho passageiro, daqueles que duram só um dia, sabe? Aqueles com prazo de validade já definido. Mas ele chegou vestido de amor pra vida toda.

E não importa, né? Não importou o caminho, o meio. Importou o fim. Eu e você. Juntinhos. Amando. Se amando.

A gente podia ter se conhecido na biblioteca, na praça, na lanchonete da esquina. Tanto faz. No fim ainda seríamos nós dois e um mesmo sentimento, porque o amor não tem regra. Não se explica. Mania chata essa de querer colocar regra em tudo. Sentimentos não tem regras. Sentimento é pra sentir e ponto. Que se dane como.

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